TIMBIRAS CONTA COM OS SERVIÇOS DA RAD IMAGEM E DA ALIANÇA FIBRA

quinta-feira, 5 de junho de 2014

TRAGÉDIA NA SAÚDE: Mãe e filha são enterradas mas mortes no HGM continuam inexplicadas

Valdenir morreu aos 31 anos de idade
A lavradora Valdenir da Silva Guimarães, de 31 anos, foi enterrada ontem (4) à tarde no cemitério do povoado São Joaquim, há 35 kms da sede do município onde passou o dia sendo velada por parentes e amigos no mesmo caixão onde colocaram a pequena ANA Vitória, ambas vítima de uma tragédia.

Ela chegou ao Hospital Geral Municipal  já  em trabalho de parto. A bebê, nascida já na madrugada de terça-feira (3) não resistiu e o pai, Antonio César Silva Aguiar, até ontem,  mesmo tendo conversado com o médico que fez  procedimento,  ainda nem  sabia se a segunda filha do casal teria vindo ao mundo com ou sem vida.

Em entrevista ao rádio e à TVs codoenses, ele contou trechos de momentos angustiantes que passou dentro do HGM. O transcrito abaixo refere-se à um encontro que teve logo após  a notícia da morte da menina com o obstetra de plantão Osnir Maranhão Piorski. 

“Ele Disse olha – a criança nasceu, tentei salvar a vida dela com oxigênio, mas não consegui, aí eu fui e bati no ombro dele e disse – como? a enfermeira veio e falou pra mim que nasceu morta. Ele disse – se ela disse ela tá mentindo”, sustentou o entrevistado

 MORTE DA MULHER
 
César – esposo está indignado e vai à Justiça
Depois de receber a notícia da morte da filha César continuou no hospital. Às 2h da madrugada Valdenir teria contado que estava sangrando muito.

A partir de então, e durante duas horas e 10 minutos, o homem diz que tentou pedir socorro para a esposa chamando, diversas vezes  por meio dos enfermeiros, Dr. Osnir.

Sustenta, sem qualquer sinal de variação na conversa,  que quando o médico resolveu atender, a mulher já estava morta.

“Eles não levaram nem pra o quarto, porque eles deixaram ela no corredor aí quando ela morreu ele puxou ela pra dentro do quarto(…) ENTÃO O SENHOR ESTÁ CONVICTO DE QUE SE TIVESSE HAVIDO ATENDIMENTO O SENHOR NÃO TERIA PERDIDO? Não, não teria perdido não, podia ter perdido o menino, como já tinha perdido mesmo, mas a mulher tinha perdido não”, disse em entrevista à TV Mirante.

 PALAVRA DA SECRETARIA

Na manhã de ontem,
Dr. Osnir Maranhão Piorski
4,  na sala da diretoria do Hospital Geral o  próprio secretário de saúde do município, Ricardo Torres, reuniu a equipe médica que trabalhou na madrugada em que houve o problema  para atender aos repórteres Acélio Trindade (TV Mirante) e Francisco Oliveira (FCTV), mas as explicações foram resumidas.

O médico Osnir Maranhão Piorski  preferiu não gravar entrevista, orientado por Torres.  Mas indagado pelos repórteres disse que a criança pode ter sofrido falta de oxigênio na hora do parto e afirmou que ela  nasceu morta. Para ele, a mãe morreu vítima de uma hemorragia que não poderia ser controlada, possivelmente, por conta de uma forte anemia que tinha.

Negou que tenha sido procurado pelo marido em desespero ou por enfermeiros (técnicos/auxiliares), afirmou que quando soube da gravidade do caso foi fazer o atendimento e, antes disso, manteve-se no centro cirúrgico trabalhando com outras pacientes.

NOTA OFICIAL 

Quem gravou a respeito do caso foi o secretário de saúde Ricardo Torres.
Defendeu que ainda é cedo pra concluir sobre se houve omissão ou  negligência por parte do médico e sua equipe. Informou que em 3 dias o hospital emitirá uma nota oficial detalhando o ocorrido.

“No contexto de um sindicância nós vamos detalhar tudo que aconteceu na madrugada e vamos repassar essas informações tanto para o Ministério da Saúde, tanto para a família da paciente, como é normal, pra que todos fiquem, absolutamente, cientes da postura adotada por cada um dos profissionais e a partir daí a família tenha as conclusões devidas”, afirmou

 NA JUSTIÇA

César, que perdeu a esposa e a filha, não tem dúvidas sobre a falha na prestação do serviço e vai levar o caso à Justiça.

“Pretendo ir procurar a Justiça, muita gente de prova, o pessoal lá que me conhece já me mandou entrar na Justiça contra o hospital (…) Como aconteceu com ela, pode acontecer com outra família”, garantiu

Fonte: Blog do Acelio

Um comentário: